top of page

Blog

REGANHO DE PESO

Mas é claro que a estética está implicada na decisão pela cirurgia bariátrica. Também está implícito o desejo de inclusão. O preço pago não é barato. Custa uma mudança global no modo de viver e de se relacionar com a comida. Esse preço nem todos estão preparados para pagar. Por mais que os candidatos às diferentes cirurgias bariátricas tenham acesso às mais variadas informações, os resultados continuam sendo os mesmos: de 45 a 50% reganham peso após a cirurgia bariátrica ou não perdem peso suficiente. Aí estão envolvidos vários fatores emocionais e comportamentais: Expectativas enganosas - nunca mais vou fazer dieta - vou poder comer de tudo um pouco -meu único problema é ser gordo -sou muito ansioso, mas se emagrecer vai resolver isso A falta de mudança de relação com a alimentação -comer rápido : Para isso escolher comidas pastosas de fácil deglutição ou comidas processadas, que chamo de comida mastigada. -Beliscar: Comer pouco várias vezes ao dia alimentos muito calóricos. Alimentos que propiciam prazer e não fazem volume no estômago. -Evitar proteínas: Evitar carnes e outras proteínas de difícil digestão. Isso por ter de mastigar ou pelo "peso no estômago" e difícil digestão. A cirurgia foi feita para que a pessoa se sinta empanzinada com pouco alimento, e por conseguinte pare de comer. Ao evitar o "mal estar" o paciente burla o mecanismo da cirurgia. -Facilitadores do prazer: É mais fácil beber que comer. Líquidos não precisam ser mastigados, são absorvidos mais rapidamente e não provocam empanzinamento. Sendo alcoólicos provocam relaxamento e bem-estar. -Situações emocionais específicas como gestações , perda de ente querido, mudanças de cidade, estado ou país, separação, mudança de estátus financeiro, desemprego, promoção e aumento de responsabilidades, são situações comuns de reganho de peso. -O exercício físico é elemento fundamental para a reconstituição da massa magra e o incremento da perda de peso, e ainda a reconstrução da forma corporal. Com toda essa reforma na vida e no corpo, aconselhamos psicoterapia. Porém o modelo antigo de incentivo à saúde persiste. Estamos como nos contos de fada, repetindo caminhos, com resultados conhecidos. Já conhecemos o Lobo Mau e insistimos em passar pela floresta.

Com a liberação da Sibutramina, Femproporex, Mazindol e da Anfepramona para o tratamento da obesidade mórbida, fazemos um retrocesso no tratamento da obesidade. Pacientes que tiveram reganho de peso correm o risco de voltarem a padrões antigos de tratamento e manejo do excesso de quilos recuperados : elevam os números da balança e recorrem às medicações na hora do desespero.


Nosso mundo está doente de stress, ansiedade, depressão,obsessões. Esses assuntos ainda são tratados como "sérios" entre aspas. Mais que gordofobia, sofremos de psicofobia camuflada.É de ciência de todos que a própria obesidade deprime, mas que também eventos estressores podem levar à perda da motivação que sustentava o empenho no autocuidado.Por que não MEDITAÇÃO ao invés de medicação para perda de peso? Os benefícios da meditação do tipo Atenção Plena têm sido cada vez mais estudados com ressonância magnética funcional, grupos controle e demais quesitos de evidência científica. O que já tinha efeitos apenas recebeu explicação ocidental.

Ainda não foram tomadas medidas mais amplas e globais que atuem sobre aspectos comerciais e industriais. Quer dizer: proibir ou obrigar a redução no uso de substâncias nocivas ao organismo como gordura hidrogenada, glutamato monossódico, corantes, acidulantes, adoçantes, xarope de glicose, açúcar invertido, embutidos, processados, enlatados entre outros. Indústrias alimentícias movimentam milhões de dólares e propiciam alimentos baratos com menor teor nutricional. Fabricam obesos desnutridos.

Os posicionamentos opostos entre a Anvisa (contra a liberação de inibidores do apetita) x Conselho Federal de Medicina (a favor) discutem benefícios e malefícios desses tratamentos que , segundo CFM devem ser conduzidos por endocrinologistas. Em contrapartida, o conhecimento dessa área abarca apenas uma área do vasto campo que é a doença multifatorial "obesidade".


Estamos longe de ter a cura para a obesidade, mas precisamos ter consciência de que sem o auxílio das entidades governamentais, atuaremos apenas nos setores individuais, enquanto a doença se espalha no âmbito global.

Simone Marchesini CRP:08/04760

 
 
 

Comments


Arquivos de textos
ENTREVISTA
    Siga-me
    Rua Bruno Filgueira, 369
    11o andar -Curitiba- Paraná 
    CEP:80240-220
    fone: (41) 3322-4960
    simonedallmarc@yahoo.com

    Simone Marchesini
    CRP:08/04760
    Psicóloga
    Mestre em Psicologia

    • Twitter Social Icon
    • YouTube Social  Icon
    • TEmporário3
    • LinkedIn ícone social
    • CAPAMEDITATOVOJPG
    • 241523597_6661001103913880_3898557796503994527_n_edited_edited

    © 2017 por Simone Marchesini. Criado orgulhosamente com Wix.com

    bottom of page