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APRESENTAÇÃO DO PROJETO COMER MEDITATIVO.

O projeto comer meditativo nasceu em 2009, quando da minha primeira participação do Congresso Americano de Cirurgia Bariátrica no Texas. Neste evento, antes das palestras e aulas, os participantes eram convidados a participar de aulas de Yoga Bariátrica. Com minha formação em dança e Educação Artística, tive grande interesse pela aplicação de técnicas não convencionais às pessoas que lutam contra a obesidade e seus males psicológicos.

A Dança Expressiva de Milena Morozowicz, aos 11 anos de idade, deu-me a oportunidade de colocar sonhos em movimentos, dançar pensamentos e emoções, coreografar criativamente os conflitos. Sentir a música e responder com o corpo era a prática da expressão.

Em 2011, influenciada pelo Dr. Carlos Harmath, psiquiatra renomado em Curitiba, comecei minhas primeiras leituras em mindful eating. Empolgada com os ensinamentos que iam de encontro aos métodos artísticos, levei alguns dos ensinamentos da técnica do comer consciente às apresentações dos congressos brasileiros.

Em 2016 participei de um programa de 8 semanas com o psicólogo e professor de Yoga Volnei Pinheiro, em Curitiba, e de um workshop com Luíza Camargo, nutricionista e formanda em psicologia.

Trabalhar somente com o racional já não preenchia todos meus critérios. Havia abandonado a dança e através da prática do Pilates tradicional estava despertando um "belo adormecido".

Arrematar e tecer os próprios conhecimentos é tarefa para a segunda metade da vida. Unir a dança, o trabalho com a alimentação, a psicoterapia e os ensinamentos da arte abriram-se como oportunidade.

Comer Meditativo é um quarto estágio. Quando estamos no estágio automático, o comer fica de fundo enquanto problemas ou atividades corriqueiras ficam de figura, em primeiro plano. É como se comer fosse perda de tempo, então aproveitamos para colocar goela abaixo a comida enquanto dirigimos ou enquanto estamos ao telefone. Neste caso, comer não é o ato principal da cena. O Comer intuitivo seria o comer impulsionado pela fome, sem haver contato com a especificidade da fome. Um ato reflexo do tipo bateu-levou. Comer está em primeiro plano, mas não é conscientizado ou depurado em sua essência, mas antes um impulso a ser saciado. Para qualquer fome, comida é a resposta. No comer consciente, existe o discernimento da escolha e até a noção nutricional do que se come, há pausa e ritmo no ato de comer. Pensa-se em tudo que é escolhido para comer, os rótulos são lidos e há conhecimento sobre o bem e o mal que cada componente da fórmula faz, mas tudo processado racionalmente. E por último, o comer meditativo, em que há abertura dos canais de percepção, rebaixamento da crítica, disponibilidade e aceitação para o sabor, temperatura, textura, odor, som e aparência do alimento, num processo de serenidade. É o corpo que sente o alimento, o experimenta, o recebe e acolhe. É antes um ato de recepção corporal.

O comer meditativo é sagrado. Isso quer dizer que não pode ser feito sem um ambiente interno limpo e purificado. É como ocorre no ato sagrado da distribuição da hóstia, em que para receber o corpo de Cristo é preciso estar livre dos pecados. O alimento é posto em contato com a boca e lá é desmanchado até ir-se embora.

No comer meditativo é preciso tempo e , portanto, pouco alimento é suficiente para preencher o ritual todo. É uma questão de proporção.

É preciso ter mais disponibilidade para comer que para pensar sobre a comida.

Simone Marchesini

CRP:04760

 
 
 

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    Psicóloga
    Mestre em Psicologia

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